quarta-feira, 1 de junho de 2011

Parece Cascata - Wake e Wakeskate no Cipó

Fotos: Marcelo Maragni

          Eu já tinha passado pela Serra do Cipó e andado de Wakeboard no mesmo rio. Mas não pensava na proporção que uma sugestão de pauta renderia. Mas conversei com o jornalista Caio Ferreti e tentei expor todas as possibilidades de uma atividade ainda pouco conhecida por aqui... Praticamente todas as cachoeiras que procuramos (eu e o wakeskater André), tinham alguma limitação ou dificuldade que tornava a prática bem arriscada....
       

André prepara para descer...


Alguns dias depois, recebo uma ligação do Caio avisando que estava vindo com o fotógrafo em três dias.  Resumo da obra: Desesperei para achar uma cachoeira menos perigosa e o André me acompanhou... Felipe Penna, o melhor wakeboarder dessas áreas e um dos melhores e mais atirados do Brasil animou de formar a trupe e saiu para o programa de índio sem flecha, embrenhando em estradas pouco sinalizadas e tentando achar o "gap" perfeito.




Cruzando o alto da Cachoeira grande...

Prazo esgotado e nada. Só nos restava rezar... As cachoeiras que achamos eram piores que as já conhecidas e voltamos para a estaca zero, a "pedregulhenta" Serra do Cipó. Chamo de "Pedregulhenta" porque não tem outro termo melhor, pedras pontudas espalhadas rio abaixo. Mas um dia antes de pegar a estrada a chuva caiu pesado e já arrumando as tralas recebo o telefonema do Beto Cipoeiro, responsável por treinamentos e pela Cipoeiro Expedições "Teca,  acho melhor tentar marcar outro dia. O nível do rio subiu muito com a chuva de ontem, o negócio ta perigoso...".


Eu fazendo o que não é para fazer em casa....

O medo e o frio na barriga aumentaram consideravelmente depois dessa ligação, mas não tinhamos outra opção a não ser ir... Caio e um dos melhores fotógrafos que já conheci na vida, Marcelo Maragni, estavam prontos para colocar essa pauta em prática nos dois dias que estariam em Minas. Por isso desconsiderei a dica de um do Beto e fui tentando controlar o turbilhão de pensamentos... E se não der certo? E se eles voltarem sem matéria? E se o Rio levar alguém? E se alguém machucar?


André encontrou um transporte interessante para o guincho...

E foi graças a chuva que um novo gap apareceu: 
O André representou e acertou várias, shovit, blind 180... Todo mundo salvo, foi só alegria, Cabecinha feliz aprendeu a jogar golfe...


Mais choveu a noite inteira e aí sim o nível do rio subiu mesmo.. 



E foi a primeira vez que vi o rio Cipó "transbordando". 



Então a idéia para fechar as sessões era atrevessar  o topo da Cachoeira Grande, uma das maiores da Serra do Cipó. Normalmente o volume de água dessa queda já é considerável, agora imagine depois de dois dias de muita chuva... Eu fiquei realmente assustada quando tentamos atravessar de uma margem para a outra remando, a força da água puxando para a queda estava impressionante. Cair com uma prancha presa no pé não seria boa idéia.




A matéria completa na Trip 199 

http://revistatrip.uol.com.br/revista/199/reportagens/parece-cascata.html


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